terça-feira, 3 de setembro de 2013
DISCÍPULOS DE MOISÉS – EM NOME DE JESUS
Há um ditado antigo que diz: uma mentira contada várias vezes acaba se tornando verdade. Imagine uma mentira contada por tanta gente, principalmente por líderes religiosos, e por quase vinte séculos. Ela existe: A mentira do dízimo.
A maioria dos evangélicos hoje, que alegam ser cristãos, se rotulam discípulos de Cristo, mas na verdade são discípulos de Moisés, discípulos da Lei, ainda que segundo eles, isso aconteça "em nome" de Cristo.
Os evangélicos, apesar de terem como discurso a aversão às crenças do catolicismo, absorveram mais dele do que pensam.
Na questão financeira talvez esteja a maior semelhança com o catolicismo, o que não dá pra entender muito, se considerarmos o fato que o estopim para a reforma protestante ter sido a arrecadação desenfreada que a igreja católica fazia vendendo indulgências, onde os fiéis que contribuíssem conseguiriam automaticamente um lugar no céu sem precisar passar pelos tormentos do purgatório, após a sua morte.
Hoje em dia, no entanto, vemos evangélicos muito mais enfáticos na questão arrecadação financeira, não mais vendendo indulgências, é claro, hoje o que se vende é literalmente a bênção e a prosperidade. O que demonstra claramente a inteligência dos pastores e líderes evangélicos, já que hoje em dia, a privação financeira já é por si só um purgatório que nenhum ser humano quer enfrentar.
Fazendo uso de terrorismo psicológico, os pastores evangélicos, utilizam a Bíblia como lhes é conveniente, fazendo uso de versículos que estão no Antigo Testamento, como por exemplo, o versículo mais usado nas igrejas para pedir dinheiro: “Tragam o dízimo todo à casa do Senhor, para que haja mantimento e minha casa. Ponha-me à prova, diz o Senhor dos Exércitos e vejam se não vou abrir as comportas do céu e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guarda-las”. Malaquias 3.10. O que nos leva a refletir, pelo menos a mim, é porque esses mesmos pastores não dão importância ao que Jesus (próprio Deus) disse na terra sobre não ajuntar tesouros para si? Ou ainda, o que Paulo disse em 1ª Timóteo 6.10, que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males?
O mais interessante é que a suposta prosperidade parece não alcançar todos os fiéis, limitando aos cargos mais altos das igrejas (Até porque, eles sim podem juntar tesouros na terra). Quem não lembra das fotos escandalosas de pastores carregando sacos de dinheiro após um megaevento evangélico num estádio de futebol? Ou do dinheiro escondido dentro da Bíblia para entrar ilegalmente nos EUA? O que dizer ainda do escândalo das ambulâncias no Congresso Nacional, patrocinado, principalmente, pela bancada evangélica?
Como se não bastasse a importância demasiada que se dá ao dízimo do fiel, ainda podemos mencionar as “bugigangas ungidas” vendidas nas propriedades do templo, ou ainda, para "fazer de conta" que não há comércio dentro das igrejas, elas podem ser vendidas na frente, ou em algum espaço reservado para isso. Há ainda dos carnês de patrocínio que muitas denominações aderiram como parte de sua liturgia.
Interessante como a igreja evangélica vai se adequando ao progresso, houve um tempo em que se dizia, que qualquer óleo que se tivesse em casa, sendo apenas consagrado a Deus pela própria pessoa que iria usar era ungido, hoje, pra ficar mais fácil o acesso à “unção”, você pode comprá-la pela bagatela de R$ 5,00.
Não estou dizendo aqui que não é lícito contribuir com a igreja, de maneira alguma, mas a LEI morreu em Cristo, Cristo cumpriu toda a lei, e isso inclui o dízimo. Devemos contribuir sim, mas por uma questão de consciência, de maneira voluntária, quando nosso coração nos diz para fazer, quando você vê que esses recursos são empregados para o bem da propagação do evangelho, relacionado à consciência missional, afinal sabemos que nada acontece sem dinheiro, não podemos pagar a conta da luz, da água, não podemos comprar as cadeiras, pagar o aluguel da igreja, etc., ou quando sentimos no coração fazer um voto ao Senhor relacionando nossas finanças como forma de pagar o mesmo.
Agora transformar aquilo que Cristo diz que devemos fazer por AMOR, e fazer dele um fardo? Onde se diz que no momento em que não contribuímos estamos sujeitos ao chamado “devorador” autorizando ele para que entre e consuma tudo que é material em nossas vidas já um pouco demais, não acham?
Paulo mesmo disse, em 1ª Coríntios 9 “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria”. Só esse versículo, já é suficiente para refutar essa mentira pregada há tantos séculos, devemos contribuir:
1º - Voluntariamente – Se assim tivermos vontade;
2º - Segundo propôs em seu coração – O valor deve sair do nosso coração, se analisarmos bem, essa questão dos 10% já estão acompanhando o progresso do capitalismo, agora você dá o dízimo do que quer ganhar em troca, um absurdo!
3º - Não com tristeza – O que adianta dá se não for com o coração, como dito anteriormente, será que para Deus isso terá importância?
4º - Nem por necessidade – O que seria esse "agir por necessidade" que o apostolo Paulo fala? Justamente o que vem alimentando a mentira do dízimo há tanto tempo, a ameaça iminente de um ataque do “devorador”.
5º - Deus ama quem dá com alegria – Ou seja, quando contribuímos tem que ser por amor às almas, à obra, à pregação do Evangelho.
É simples irmão, ou a Lei morreu em Cristo, ou seu sacrifício foi vão.
Fonte: Internet (site webartigos)
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